sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Depois Gaúcho que é viado....Estudantes da USP planejam "beijaço" gay

Os estudantes da Universidade de São Paulo planejam, para a noite desta sexta-feira, um "beijaço" gay em protesto à expulsão de dois estudantes do curso de letras, que teriam sido colocados para fora de uma festa por estarem se beijando em cima do palco. O protesto acontece no Centro Acadêmico de Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, dentro da Cidade Universitária, onde acontecia a festa.

José Eduardo Góes, de 18 anos, e Jarbas Rezende Lima, 25, dizem que, no dia 10 de outubro, durante um “happy hour”, quando meninos e meninas sobem em palcos para dançar e também se beijar, o DJ interrompeu o som por volta de 1h30, as luzes foram acessas e o casal gay, repreendido.
"O DJ ficou apontando. Acredito que um casal heterossexual não teria sido tão exposto e agredido”, afirma Lima. “Em segundos, um cara nos arrancou de lá”, completou.
A Guarda Universitária foi chamada, mas, segundo os estudantes, os funcionários disseram que nada poderiam fazer.
Os estudantes registraram na Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi) um boletim de ocorrência contra o Centro Acadêmico de Veterinária por constrangimento ilegal e lesão corporal.
A direção do Centro Acadêmico Moacyr Rossi Nilsson informa que a festa foi interrompida porque os garotos exageraram no beijo. A entidade rebate a acusação de homofobia e diz que há estudantes homossexuais que freqüentam a entidade e nunca foram discriminados. Na semana passada, o CA procurou os rapazes para resolver o “mal-entendido”, mas não foi possível acertar um horário.
Posição da universidade
O diretor da Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade de São Paulo, José Antonio Visintin, admitiu na quarta-feira que houve exagero na repreensão a um beijo. “Nossa retratação é reconhecer que houve um erro, mas foi algo esporádico”, disse.

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